Um gênio ou fanfarrão?

Releitura da Obra “The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living” (A Impossibilidade Física da Morte na Mente de Alguém Vivo) do artista britânico Damien Hirst.

O título intrigante dessa obra indica um dos temas que o artista mais gosta: a morte, e, para ele, esse longo título é simplesmente a definição do conceito morte em sua mente.

O artista colocou um tubarão tigre de quatro metros imerso em formol dentro de uma caixa de vidro, para que ele parecesse vivo, como em um aquário mesmo estando morto.

Atualmente, Hirst é um dos mais valiosos artistas do mundo graças, além de algumas obras geniais, ao seu talento de marqueteiro, por outro lado é bastante criticado por ter obras repetidas em ateliê por assistentes criando assim uma “fabrica capitalista de obras de arte”.

Em 2004, o americano Steve Cohen adquiriu a obra por 12 milhões de dólares. O que teria motivado o rico executivo a desembolsar esse exorbitante valor?

A curiosa história é ponto de partida para o economista Don Thompson desvendar o jogo de marketing por trás do mercado de arte contemporânea e escrever o livro “O tubarão de 12 milhões de dólares - a curiosa economia da arte contemporânea”, o autor relata experiências que acumulou durante um ano investigando o universo de grandes galerias de arte, casas de leilão, marchands, artistas e colecionadores. O autor nos faz conhecer os pensamentos e aquisições de colecionadores, as estratégias de marchands e as carreiras de artistas como Hirst, Andy Warhol, Jeff Koons e Tracey Emin.

Enfim, essa minha singela releitura pertence a uma pequeníssima série provocada pelas falas do Paul Varella no Podcast ArtTalk e que tem a intensão de trazer reflexão sobre o papel da arte em nosso tempo. Como a arte nos atinge e quais sentimentos passam por nós ao depararmo-nos com uma obra de Hisrt? E você, o que acha dessa obra de Hisrt?

Um gênio ou fanfarrão? 🙂